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Crítica: Elizabethtown(2015)

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Elizabethtown: na rota do amor e da auto-descoberta

Após experimentar um breve momento de êxito na carreira de designer, Drew Baylor (Orlando Bloom) vê ruir seu sucesso após a venda do tênis que idealizou fracassar e causar um prejuízo de um bilhão de dólares para empresa em que trabalha. Abalado, Drew planeja suicidar-se, mas seu plano é interrompido com um telefonema da irmã Heather (Judy Greer) informado o falecimento do pai (Tim Devitt).

Drew (Orlando Bloom) e a tentativa frustrada de suicídio
Drew (Orlando Bloom) e a tentativa frustrada de suicídio
Êxito-Declínio-Recuperação

A partir daí a vida de Drew segue um novo percurso que compõe a tríade êxito-declínio-recuperação fórmula comum nas narrativas fílmicas do cineasta Cameron Crowe, nas quais os protagonistas, em sua maioria masculinos, após experimentarem o sucesso repentino seguido pelo fiasco em suas profissões, reaprendem a viver.

Nesta linha narrativa está o longa-metragem Tudo acontece em Elizabethtown (Elizabethtown, 2005). Todos estão em busca de significância devido à trajetória de insucessos acumulados em suas vidas e descobrem que para serem felizes basta viverem livre de cobranças e pressões por sucesso. Usufruindo a vida tal como ela é e não deixando-se vencer pelas adversidades.

A graciosidade de Dunst
A graciosidade de Dunst

Tal como o protagonista Drew, outros personagens do filme também buscam superar seus fiascos pessoais, dentre os quais a perda do marido, o sonho de uma carreira musical e um relacionamento amoroso fracassado.

A relação paternal e a perda
A relação paternal e a perda
A cidade de Elizabethtown

Enviado para a pacata cidade de Elizabethtown com a tarefa de buscar o corpo do pai falecido para ser velado em Oregon, Drew experimentará em sua estadia, na aconchegante cidade do Estado de Kentucky, a possibilidade de restabelecer os laços afetivos com a família paterna e de refletir acerca de sua relação com o pai, abalada devido a seus compromissos profissionais como designer.

Refazendo os laços familiares

Em meio a este caos pessoal o destino colocará em seu caminho Claire Colburn (Kirsten Dunst). Uma aeromoça incorrigivelmente otimista e divertida que será essencial em seu processo de recuperação emocional.

A família Baylor (da esq. para dir. Judy Greer, Susan Sarandon e Bloom)
A família Baylor (da esq. para dir. Judy Greer, Susan Sarandon e Bloom)
Um nova rota

Além de surpreender-se com a relevância da figura do pai na cidadezinha e reencontrar seus parentes. Drew terá nos encontros ‘fortuitos’ com Claire momentos relaxantes e divertidos, além da oportunidade de rever seus conceitos acerca da própria vida.

A química perfeita entre Bloom e Dunst os substitutos
A química perfeita entre Bloom e Dunst: os substitutos

Como a grande maioria dos filmes de Crowe a narrativa centra-se nos personagens. Transportando-nos para seus dilemas por intermédio da ênfase nos diálogos e no uso de closes nos rostos dos atores, além, é claro, das questões existencialistas levantadas por meio de reflexões dos personagens.

Bloom despretensiosamente charmoso
Bloom: despretensiosamente charmoso

Boas músicas, belas paisagens americanas e atuações magníficas de um talentoso e gracioso elenco. Elizabethtown é um road movie encantador que com seu ar interiorano nos cativa através de personagens que se assemelham com pessoas comuns, dotados de inseguranças e sedentos de significância.

Uma nova rota o amor
Uma nova rota: o amor

Elizabethtown, mais um dos filmes motivacionais do cineasta Cameron Crowe. Ensina a ter um período de pausa para refletirmos acerca de nossa existência e da maneira como a conduzimos de modo a rever nossas prioridades e aprender com nossas tristezas e fracassos, para posteriormente seguirmos o percurso de nossas vidas mais experientes e sábios.

Referências

Tudo acontece em Elizabethtown. Direção: Cameron Crowe, 124 min, 2005.

 

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